Uma linda canção vem do céu.
Canção cheia de emoções, e mensagens
Que falam do nosso Criador, de sua
Beleza, e do seu esplendor.
A canção que ouço vindo do
Céu, nem todos conseguem ouvi-la, mas
A canção que ouço vindo do Céu, me
Em meu versar, verso tudo que entendo ser a vida. Verso o amor, o desamor, as curas e as feridas. Eu verso o amanhecer e o anoitecer, verso nós, vós e você. Verso também o que acreditas não existir, verso a alegria do ir e vir, verso a vida e a dor do parir. Eu verso! Verso o que dissestes ontem, o que dizes hoje e o que dirás amanhã. Verso a cor da noite e o sabor da maçã.
Uma linda canção vem do céu.
O Mensageiro - Chuy, dezembro de 2025
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O Profeta - Chuy, dezembro de 2025
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No bairro onde vivi a minha juventude,
um lugar humilde, igual a quadra-2, do
Setor norte do Gama.
Sim! O Gama! Cidade satélite do DF,
o meu bairro era mais conhecido por
SHIS nova.
No meu bairro havia de tudo, lá tinha
inclusive felicidade, e eu fui muito
feliz vivendo lá.
Naquele tempo todos eram convidados
para as festinhas de fim de semana, era
só chegar e participar.
Na rua em que eu morava, todos sabiam
quando eu estava subindo ou descendo
a rua, pois ninguém arrastava os
chinelos como eu arrastava enquanto
caminhava.
Agora bateu uma saudade bruta.
Foi lá na shis nova que vivi as minhas
primeiras, e maiores paixões.
Eu vivi a Quinha, a preta, a vera, a
Dunalva, vivi inclusive a Marli.
Eu as vivia, mas nenhuma delas nunca
soube que eram vividas por mim.
Lá na shis nova, para o grupo que eu
frequentava, as peladas no campinho
de terra eram sagradas.
Os craques do pedaço eram o Raul, o
Catatau, o Ródão, o Beto, o Samir e
o Tadeu, que chegou bem depois.
Jogadores muito disputados.
Eu, com o meu jeitão desengonçado,
fazia parte do grupo dos pernas de
pau, junto com o Robson, com o
Chiquinho, o Guinha, o Jamil, e mais
uma meia dúzia de moleques que só
eram escolhidos por algum time
quando não tinha mais ningue para
ser escolhido.
O tempo passou e levou cada um de
nós para lugares diferentes, e tudo se
perdeu, acabou.
Há muito não vou na shis norte, e há
muitos mais tempo não encontro os
meu colegas, e nem os amigos de
outrora.
Até as velhas paixões recolhidas o
tempo apagou.
O Mensageiro - Chuy, novembro de 2015.
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Podaram o cravo, arrancaram-lhe suas
flores, arrancaram-lhe a raiz.
Os sorrisos que até ontem sorriam
hoje guardam luto.
Podaram o cravo, e o inverno
definitivamente começou.
Com o evento do inverno, alma
alguma se atreve a prever o quão
longo e gélido ele será.
O inverno mal começou e o seu frio
intenso já obriga os viventes a
ficarem reclusos.
De agora até o fim deste inverno os
dias serão cinzentos e tristes.
O cravo sangra e geme, e os seus
gemidos enchem os jardins.
Lamenta hortências!
Lamentam os jardineiros.
O cravo chora, ele chorar e faz chorar
junto com ele olhos que até há pouco,
radiantes, sorriam.
Agora os olhos choram tanto que nem
se dão conta da presença das flores.
Chora rosa!
A esperança é um gosto que não se
desgosta na presença de mal algum.
Podaram o cravo e ele chora e faz
chorar olhos que até então sorriam.
Podaram o cravo, que chorem as
flores, que chorem os jardins.
O Observador - Chuy, novembro de 2025.
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Ouço trovões, vejo relâmpagos,
Hoje amanheceu chovendo, e
sempre que me depara com
manhãs cinzentas como a de
hoje, volto ao triste dia da nossa
despedida.
Por falar em despedidas, onde
estás, como tens passado?
Ainda hoje, aqui, embaixo da
casca que esconde a ferida da
nossa despedida, dói.
Ainda hoje me dói a mesma dor
que senti quando do nosso adeus.
A tristeza daquela manhã
chuvosa nunca me abandonou,
nunca deixou de doer em mim.
Hoje amanheceu chovendo, e
sempre que me deparo com
manhãs como a de hoje, sou
tomado pela tristeza da nossa
despedida.
Hoje o céu se vestiu de cinza e
sombreou o meu dia, calou a
minha alegria e me fez sentir
saudades de ti.
O dia amanheceu triste.
O Observador - Chuy, novembro de 2025.
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O Observador - Chuy, novembro de 2025.
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Eu chorei!
Eu chorei muito quando ao nascer, me
deparei com a mais cruel das
realidades.
O mundo que me esperava não me
amava, não me queria.
Meu Deus!
Nasci negro em uma sociedade racista,
e como se esta triste realidade não
bastasse, descobri haver nascido
pobre em um mundo de ricos.
É, eu chorei.
Ao ouvir o meu choro de desespero
a pobreza, impaciente, calou o meu
choro tapando a minha boca.
Enquanto isto, do outro lado do
quarto, a pobreza fazia caretas
horríveis para me aterrorizar.
As hora pareciam ter asas, e os dias
parecia não querer me dar tempo
para eu viver a minha infância.
Sem nenhum constrangimento o
tempo me mostrou o quão ele seria
inclemente para comigo.
Quando eu mal comecei a viver a
minha vida a pobreza, com chicotes
às mãos, me forçou a trabalhar.
Ela sempre cuidou para que me
faltasse de tudo, inclusive amor.
Eu chorei.
Eu chorei muito ao entender que o
mundo em que eu vivia não era o
mundo que existia para me amar.
O mundo me espancou muito até
eu aprender a caminhá-lo.
Eu chorei!
O Observador - Chuy, novembro de 2025.
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I cried a lot.
I cried!
I cried a lot when, at my birth, I
Hoje cedo, ao sair à rua,me
deparei com o absurdo.
Sujeito repugnante, nojento,
eu o odeio, guardo por ele
todo o meu desprezo.
Não tem jeito!
É impossível a convivência
sadia com figura tão
repugnante.
Como é de se esperar o
absurdo também me detesta.
Fato é que me sinto mal
sempre que me deparo com
o absurdo mas, infelizmente,
nos dias de hoje ele é muito
popular e parece estar em
todos os lugares.
Sim!
O absurdo está em todos os
lugares, e se manifesta em
todas as situações.
A prudência recomenda não
incomodá-lo.
Eu odeio o absurdo!
Ainda que, aqui e ali, ele me
provoque, eu o ignoro.
A sanidade ensina que não é
inteligente contestá-lo.
Deixa para lá!
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Uma linda canção vem do céu. Canção cheia de emoções, e mensagens Que falam do nosso Criador, de sua Beleza, e do seu esplendor. A canção ...